Venha o Teu Reino Senhor

Venha o Teu Reino Senhor
Preparai o caminho do Senhor

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Trombeta e o Fogo


 “Assim, tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam na mão esquerda as tochas e na mão direita, as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo SENHOR e por Gideão! (Juízes 7:20) 

Que esta geração seja como os 300 valentes de Gideão. Que em uma mão tenha uma trombeta e na outra, uma tocha de FOGO. O Fogo representa a Presença do Espírito Santo MANIFESTA e a trombeta significa a unção profética. Que se levantem jovens profetas cheios do Fogo de Deus nesta nação!

sábado, 3 de novembro de 2012

ADORAÇÃO PROFÉTICA



“Então, seguirás a Gibeá-Eloim, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que, entrando na cidade, encontrarás um grupo de profetas que descem do alto, precedidos de saltérios, e tambores, e flautas, e harpas, e eles estarão profetizando.”
I Sm. 10:05

Texto Base: I Samuel 10: 1-13

Nos dias atuais, ouvimos muito a expressão “Adoração profética”. Muitos fazem menção desta forma de adoração a estilos de músicas, sons de tambores, gritos ou danças que fogem a regra padrão daquilo que acontece normalmente em cultos nas igrejas. Nosso desejo é trazer clareza a este tema e que a Adoração profética possa fazer parte de nosso ministério de louvor.  Para começar este estudo, vamos entender o que significa separadamente cada palavra dessa expressão.
Adoração
Como já sabemos, Adoração significa prestar culto, venerar, amar de forma extrema.

Profetizar
Profetizar significa falar em nome de Deus. O Profeta fala em nome de Deus. Ele é a boca de Deus na Terra.
 “Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.” Am. 3:07.
O ministério profético era mais evidente no antigo testamento, mas isto não significa que foi extinto na nova aliança em Cristo. O apóstolo Paulo nos ensina que o ministério profético é para, junto com os outros ministérios, aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério e para a edificação do corpo de Cristo (Ef. 4:11-12).
A profecia tem seu propósito bem definido na Palavra de Deus:
“Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.”  ICo. 14:03

Adoração profética

Após este breve estudo sobre adoração e profecia, podemos concluir que Adoração profética significa agir em meio a Adoração ( através de canções, danças ou qualquer outro tipo de expressão) de acordo com a vontade de Deus. Significa trazer para a Terra o que está no coração de Deus, edificando, exortando e consolando.

Adoração profética é capaz de trazer a Presença manifesta de Deus para a Terra.

 “Contudo, tu és santo, entronizado entre os louvores de Israel.” Sl 22:3

 Adoração profética é capaz de trazer para a Terra o que foi decretado no Céu.

“O Espírito do SENHOR se apossará de ti, e profetizarás com eles e tu serás mudado em outro homem.” I Sm. 10:6


O Exemplo de Saul

Após Samuel ungir Saul como rei de Israel, o profeta deu uma ordem para que este fosse para Gibeá-Eloim e no caminho encontraria descendo do alto um grupo de profetas tocando seus instrumentos. O profeta disse que o Espírito do Senhor se apossaria de Saul, que ele profetizaria e seria mudado em outro homem (ISm. 10:06).

 O nosso foco neste estudo não é estudar a vida do rei Saul, mas queremos aprender sobre adoração profética. Vamos desvendar alguns aspectos deste encontro focando nos profetas que encontraram com Saul:

·         Os profetas estavam no alto (ISm. 10:05)

Isto simboliza que estes profetas estavam diante da presença de Deus. Eles estavam no cume do monte. (Sl 24:03)

·         Os profetas desceram do alto com uma palavra de Deus
Certamente enquanto estes profetas estavam no cume do monte adorando a Deus, o próprio Senhor deu uma Palavra Rhema (viva) para este grupo de adoradores e eles obedeceram. Saíram do momento de intimidade e foram fazer a vontade de Deus, que neste caso, era encontrar com Saul. Saul foi transformado em outro homem e foi capacitado para ser Rei de Israel. (ISm. 10:06)
·         Depois deste encontro com os profetas, Saul continuou subindo a montanha. (ISm. 10:13).
O Fato é que este encontro marcou a vida de Saul. Depois de ser tocado pela Glória de Deus, cresceu uma fome dentro do futuro rei de Israel que o fez subir para o alto da montanha, de onde havia descido os profetas. Acredito plenamente que esta é a função dos ministérios de louvor dentro das igrejas. Somos chamados para a intimidade com Deus e, quando somos cheios da Glória de Deus em nossas vidas, as pessoas ao nosso redor são contagiadas e incentivadas a buscarem pela mesma intimidade com o Pai. Foi assim com Saul e será assim com todos os que tiverem contato com a Glória de Deus. Se o ministério de louvor descer do alto da montanha cheio da Glória de Deus e se encontrar com as pessoas no caminho, estas pessoas serão transformadas e vão subir a montanha para encontrar com Deus.

A adoração profética tem este poder de mudar vidas e situações. Quando minha adoração toca os céus, os céus tocam a Terra e esta sintonia gera transformação. Lembremos das palavras de Jesus quando estava ensinando seus discípulos a orarem:

“Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;” Mt. 6:10

Que possamos ser estes profetas que estabelecerão na Terra o Reino de Deus

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Adoradores sem face

Por Jorge Russo

"Ora, pois trazei-me um tangedor. Quando o tangedor tocava, veio o poder de Deus sobre Eliseu". II Reis 3.15

 

Na versão da NVI diz: "Mas agora tragam-me um harpista". Enquanto o harpista estava tocando, o poder do SENHOR veio sobre Eliseu".

 

Aqui temos o histórico de um músico desconhecido. Ele só aparece nesse versículo, e nem sequer aparece o nome dele, nem quantos cds já gravou, nem se tocou com Fulano ou Beltrano, nem de qual igreja ele faz parte. Mas o texto mostra que enquanto ele tocava seu instrumento, a presença de Deus veio sobre o profeta, que predisse a vitória de Israel sobre os moabitas, um fato histórico muito importante, mas o profeta sabia da importância de ter um tangedor naquele momento, ele poderia ter chamado um dos famosos, mas foi chamado aquele que ninguém conhecia, mas que quando tocava, Deus não resistia, e comparecia para estar com ele. Hoje vemos gente se promovendo, que já gravou tantos discos, que tocou com "O famoso", que ministrou com "O ungido", que foi guitarrista de "O cara", ou que ministrou diante de milhares de pessoas. Mas tenho certeza que Deus não fica nem um pouco impressionado com a nossa fama diante dos homens.

 

Eu imagino que aquele tangedor (cujo nome não conheço, nem está registrado), devia estar acostumado com o fato de que quando ele tangia seu instrumento Deus vinha ao seu encontro, imagino também que a casa deste tangedor devia ser constantemente inundada com a presença do Senhor.

 

Hoje vejo muitas pessoas dizendo que são adoradores sem face, mas no fundo a maioria quer ser reconhecido, e aceito pelos homens, falando de si mesmos. É como um jogo de poder, quem é mais ungido, quem vende mais cd's, quem ministra para mais pessoas. quem faz a musica mais louca, quem faz o culto mais demorado, é a turma dos "famosos detentores do poder de Deus". Temos também o exemplo de Davi, quando ainda não era rei, mas era um tangedor desconhecido e um pastor de ovelhas, que conhecia bem a presença de Deus. Posso imaginar Davi tocando sua harpa no horário de descanso, quando as ovelhas já estavam satisfeitas, no cair da tarde.

 

Na época, Davi não era conhecido nem popular. Não era o músico da moda evangélica da hora, mas quando ele tocava, mexia com o mundo espiritual. O fato de alguém atrair a presença de Deus é motivo de preocupação no inferno. O diabo também não está preocupado com a nossa fama diante dos homens, mas ele se preocupa quando Deus aparece na área. Se atrairmos a presença do Senhor, vamos fazer com que o diabo saia em retirada.

 

I Samuel 16.23 "E sucedia que, quando o espírito maligno, da parte de Deus; vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele."

 

Se aparecer uma pessoa endemoninhada na nossa frente, o que vamos falar?

 

- Eu sou "Fulano"! O grande tangedor! Já gravei mais de 20 cds. E toquei no grande congresso diante de 5000 pessoas; só por isso você vai sair seu demônio mal educado! Você não esta vendo quem sou eu?

 

Provavelmente o demônio ira rir da cara do "Fulano", como aconteceu com os filhos de Ceva:

 

Atos 19

 

13. E alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega.
14. E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes.
15. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois?
16. E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa.
Atos 19:13-16

 

O fato deles serem filhos do sumo sacerdote e "usarem" o nome de Jesus não serviu de nada.

 

O espírito maligno conhecia muito bem a glória de Deus que rodeava Paulo.

 

Hoje vemos pessoas pegando carona na unção de outros dizendo: "Eu sou musico de "Shavasubias", cujas musicas são ouvidas em todo o Brasil". O demônio vai dizer: "Conheço "Shavasubias", mas você; quem é?"

 

Mas se estamos habituados o atrair a presença de Deus, provavelmente nem precisemos falar nada, pois o próprio demônio já sabe que somos motivo de preocupação no inferno e procurará ficar longe.

 

Eu creio que quando Deus comparece ao local, nós, os ministros não precisamos falar que "Ele está aqui", ou "Sinto a presença do Senhor", Ele não precisa de apresentadores de palco para mostrar que Ele chegou.

 

Existem duas opções o Ele vem ou não vem, não precisamos forçar a barra ou medir a presença de Deus pelo tanto de aplausos ou barulho. Ou Ele vem ou não vem.

 

Quando o Senhor comparece mesmo ás nossas reuniões, não precisamos anunciá-lo, Ele mesmo se apresenta. Existem muitas, simulações da presença de Deus, fórmulas que já estão até cansativas e sem criatividade, frases repetidas e jargões ultrapassados. Devemos ser mais honestos quando Ele não vem, e dizer: "Irmãos vamos nos humilhar e orar ate que Ele venha, pois Ele está longe deste lugar."

 

Vamos orar e pedir a Deus que nos esconda e nos livre de toda essa onda de fama e "moda gospel", que é muito barulho e pouco poder, é muito trovão e pouca chuva.

 

 

Paz para teu coração.

Jorjão www.ministeriotrio.com.br
ministeriotrio@gmail.com

 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Que o Leão se levante!

 Deus reservou para mim algo neste final de agosto que acredito que vou levar para o resto de minha vida. Foi algo simples que o Senhor usou para ministrar em meu coração que realmente me marcou muito.

No último sábado de agosto, minha esposa e eu levamos nosso filho ao Zoológico de Belo Horizonte para um passeio. Meu filho possui quase três anos e gosta muito da história de Sansão, quando este mata um leão com suas próprias mãos (Juízes 14:06). A idéia dele era se encontrar com esse animal e repetir o que o personagem bíblico fez.

Quando chegamos ao local onde estava o leão, este lindo animal estava dormindo debaixo de uma sombra. As pessoas que estavam o admirando não estavam nada satisfeitas e começaram a reclamar. As crianças gritavam tentando chamar a atenção do preguiçoso leão. Nada aconteceu! Para conter o descontentamento de meu filho, disse a ele que íamos continuar o passeio e depois voltaríamos naquele local para observar novamente o chamado "rei da selva".

Depois de quase três horas, já havíamos passeado por todo o zoológico e tínhamos feito nosso piquenique. Como criança nunca se esquece das coisas que prometemos para elas tivemos que voltar no local onde se encontrava o animal preferido de meu filho. Ao chegarmos ao local onde fica este felino, nos surpreendemos ao ver que o grande peludo estava exatamente no mesmo local onde tínhamos o visto há horas atrás. Percebi que a insatisfação do público que estava ao redor da jaula era a mesma das pessoas que estavam no local antes. Todos queriam ver o leão acordado.

No momento que estávamos voltando para o carro decepcionados por não ter agradado nosso filho como ele queria, aconteceu o que tanto a gente queria ver. O leão despertou! Estávamos de costas e a cerca de uns cinco metros da jaula do felino quando ouvimos um grito de uma das pessoas que estava mais próxima: O leão acordou! O leão acordou! Este grito foi o suficiente para que eu, minha esposa, nosso filho e mais umas cinqüenta pessoas que estavam aos arredores do "rei da selva" nos voltássemos para ele rapidamente. A imagem dele em pé demorou por uns quinze segundos. O preguiçoso levantou, deu uns quatro passos e deitou novamente. Onde ele estava já não tinha mais sombra e o espertinho estava se deslocando para se esconder do sol. Confesso que a imagem foi linda! Este animal realmente impõe respeito.

Voltando para o carro satisfeitos pela cena que presenciamos, o Espírito Santo disse algo em meu coração:
  - É isso que tem que acontecer na igreja Rafael.
 Logo quando "ouvi" esta frase, me veio na memória Jesus como o Leão da Tribo de Judá e o doce Espírito Santo continuou:
 - A igreja precisa demonstrar para o mundo o Rei Jesus vivo, de pé. Quando o mundo ouvir que o Leão (Jesus) se levantou, todos virão para vê-lo.

 Entendí que meu amigo Espírito Santo estava me desafiando a buscar mais de Deus e de sua manifestação. Desta forma as pessoas verão que Jesus realmente está vivo e serão atraídas para a Sua presença.

Que possamos despertar o Leão da Tribo de Judá em nossas vidas e que todos possam ter a chance de ver Jesus vivo e operante em nossa geração.

Deus abençoe!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sem fábulas, por favor!

Neste primeiro capítulo da segunda carta do apóstolo Pedro, este homem de Deus está exortando a igreja sobre a forma de se comportar e o que deveria ser feito para que eles preservassem o evangelho puro e entrassem no reino de Deus. No versículo dezesseis há algo que me chama a atenção e acredito plenamente que faz toda a diferença entre a igreja que vive o sobrenatural divino e a igreja que vive apenas as coisas terrestres e que conhece a Deus superficialmente: Ser testemunha ocular de Sua Majestade.

“Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade” II Pe. 1:16

 Não viver e/ou pregar fábulas engenhosamente inventadas hoje em dia parece algo raro. Pedro disse que ele era uma testemunha ocular. Se você meu caro leitor está se questionando sobre a possibilidade de ser uma testemunha ocular de Jesus, tome cuidado! Caso você se questione sobre se é possível ver Jesus, provavelmente sua fé quanto à ressurreição de Cristo está pequena. Jesus está vivo e apto a se relacionar com sua noiva na face da Terra. Eu sei que o Mestre disse “bem aventurado os que não viram e creram” (Jo. 20:29), entretanto, Cristo também disse “Se creres, verás a glória de Deus” (Jo. 11:40). O fato é que realmente não devo ver para crer, mas crer para ver.
Precisamos ser discípulos como Pedro. Pessoas de relacionamento íntimo com Jesus que não fale outra coisa que não seja aquilo que ouvir de Jesus. Não precisamos ensinar lições de auto-ajuda em nossos púlpitos, necessitamos da Palavra Viva que gera mudança e aproxima a noiva do noivo, ou as ovelhas de seu Pastor.

Atenciosamente,

Rafael Gideone Fidêncio
Esta história eu recebi em meu e-mail e achei interessante.
 
ASNO
No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta: 
- Quantos rins nós temos? 
- Quatro! Responde o aluno. 
- Quatro? Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos. 
- Tragam um feixe de capim, pois temos um asno na sala. Ordena o professor a seu auxiliar. 
- E para mim um cafezinho! Replicou o aluno ao auxiliar do mestre. 
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), o 'Barão de Itararé'. Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre: 
- O senhor me perguntou quantos rins 'NÓS TEMOS'. 'NÓS' temos quatro: dois meus e dois seus. 'NÓS' é uma expressão usada para o plural.Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim. 
Moral da História:
A VIDA EXIGE MUITO MAIS COMPREENSÃO DO QUE CONHECIMENTO.
Às vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito de subestimar os outros...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Charles G. Finney

"A maior necessidade de nossos dias é poder do alto." - Charles Finney
"O milagre do avivamento é bem semelhante ao de uma colheita de trigo. Ele desce do céu quando crentes heróicos entram na batalha decididos a vencer ou morrer - e, se for necessário, vencer e morrer. 'O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.'" - Charles Finney
(Citações do livro "Por que tarda o pleno avivamento" por Leonard Ravenhill)
Charles Grandison Finney nasceu no dia 29 de agosto de 1792, um ano após o falecimento do John Wesley, na cidade de Warren, no estado de Connecticut, EUA. A sua família não era religiosa, e o jovem Finney foi criado sem nenhuma formação cristã. Aos 26 anos ele começou a trabalhar num escritório de advocacia na cidade de Adams, e freqüentou uma igreja, apesar de achar que as orações daqueles crentes não estavam sendo respondidas.
No dia 10 de outubro de 1821, enquanto ele orava sozinho num matagal, Finney experimentou uma poderosa conversão. Mais tarde no mesmo dia, ele foi batizado no Espírito Santo, numa experiência que ele relatou na sua autobiografia:
Mas assim que me virei para me sentar perto do fogo, um poderoso batismo do Espírito Santo caiu sobre mim inesperadamente. Nada esperava, tudo desconhecia daquilo que se estaria passando comigo. Nunca havia sequer imaginado que tal coisa existisse para mim, nunca me recordo de alguma vez haver ouvido uma pequena coisa sobre tal coisa. Foi de todo uma coisa absolutamente inesperada. O Espírito Santo desceu sobre mim de maneira que mais me parecia trespassar-me e atravessar-me de todos os lados, tanto física como espiritualmente. Mais me parecia uma corrente eletrificada de ondas de amor. Passavam em e por mim, atravessando-me todo. Mais me pareciam ondas e ondas de amor em forma líquida, uma torrente de vida e amor, pois não acho outra maneira de descrever tudo aquilo que se passou comigo. Parecia-me o próprio sopro de vida vindo de Deus. Lembro-me distintamente que me parecia que esse amor soprava sobre mim, como com grandes asas.
Não existem palavras que possam sequer descrever com a preciosidade e com a quantidade de amor que fora derramado em meu coração. Eu chorava de alegria profunda, urrava de amor e alegria! O meu coração muito dificilmente teria como se poder expressar de outra forma. Aquelas ondas sem fim passavam por mim, em mim, através de todo o meu ser. Recordo-me apenas de exclamar em alta voz que pereceria de amor se aquilo continuasse assim por muito mais tempo. Mas mesmo que morresse, não tinha qualquer receio de qualquer morte em mim presente. Quanto tempo permaneci neste estado de coisas, não sei precisar. Mas sei que muito tarde um membro do coro da igreja entrou nos escritórios para me encontrar naquele estado de coisas. Eu era então líder do coro e ele viera falar comigo sobre algo. Ele era um membro da igreja. Entrou e achou-me naquele estado de espírito de choro e lágrimas. Perguntou-me logo se estava bem. "Sr. Finney, o que se passa com o senhor?" Não conseguia responder-lhe uma palavra nesse preciso momento. Perguntou-me se estava com dores ou algo assim. Recolhi todo o meu ser o mais que pude e disse-lhe que não tinha qualquer dor, mas que estava tão feliz que não conseguia viver.
Ele esgueirou-se rapidamente e saiu dali. Voltou com um dos presbíteros da igreja. Ele era um homem de feições muito sérias. Sempre que estava em minha presença, mantinha-se em vigilância absoluta, resguardando-se a ele próprio de mim. Nunca o havia visto rir-se sobre algo. Quando entrou, perguntou-me como me estaria a sentir. Comecei por lhe contar. Mas em vez de me dizer alguma coisa, deu-lhe um ataque de riso tão grande que não tinha como impedir de se rir muito à gargalhada e bem alto do fundo do seu coração!
A notícia da conversão de Finney espalhou-se rapidamente na cidade, e na noite seguinte ele deu seu testemunho na igreja, começando assim um avivamento naquela cidade:
De qualquer modo, todos foram direitos ao local das ditas reuniões de oração. Eu também me dirigi para lá de imediato. O pastor da igreja estava lá, tal como praticamente todas as pessoas da vila. Ninguém parecia com disposição para empreender a abertura da reunião. A casa estava repleta e ninguém mais cabia lá. Não esperei que alguém me convidasse para discursar e comecei desde logo a falar. Comecei por dizer que agora sabia que a religião era vinda de Deus pessoalmente...
Eu nunca havia orado em público. Mas logo o Sr. Gale [o pastor da igreja] tratou de remediar a questão, assim que terminara o seu discurso. Ele chamou-me a orar, o que fiz com grande liberdade de espírito e com largueza e abertura de coração. Aquela noite obtivemos uma reunião improvisada ímpar e bela. E a partir dali, não houve noite sem reunião de oração e isso durante muito tempo depois. A obra de Deus espalhava-se para todos os cantos e direções.
Finney começou reuniões de oração com os jovens da igreja, e todos foram convertidos. Depois ele foi visitar seus pais, e ambos foram tocados poderosamente por Cristo. Finney continuou tendo experiências poderosas e sobrenaturais com Deus, e passou a gastar muito tempo a sós com Ele em oração e jejum. Ele começou a pregar, primeiro nas pequenas cidades e aldeias, e depois nos grandes metrópoles, e muitos foram poderosamente convertidos.
Ele entendeu a necessidade de comunicar o evangelho com simplicidade, usando ilustrações e linguagem apropriadas ao povo. Seu estilo de pregação atraiu muito oposição dos outros ministros:
Antes mesmo de me haver convertido, eu tinha em mim uma tendência distinta desta. Eu aprendia a escrever e falar com linguagem muito ornamentada. Mas quando comecei por pregar o evangelho de Cristo, a minha mente apoderou-se duma certa ansiedade em ser entendido por todos os que me tivessem como ouvir. Era urgente e expediente ser bem entendido. Estudei vigorosamente para encontrar e descobrir meios de persuasão que não fossem nem vulgares nem vulgarizados, mas também os quais fossem bem assimilados e que explanassem todos os meus pensamentos com a maior das simplicidades de linguagem, pois o alvo era ser entendido, salvar e não aceite pela opinião publica. Esta maneira de ser e estar no púlpito era opostamente agressiva à idéia comum entre o meio ministerial e as noções da altura, pois não aceitavam esta nova maneira de empreender e viver as verdades. A respeito das muitas ilustrações das quais fazia uso, muitos me perguntariam: "Porque não ilustra as coisas através dos eventos histórico-sociais duma maneira mais dignificante?" Ao que eu respondia sempre que quando trazia uma ilustração que ocupava as mentes das pessoas, então elas nunca davam nem a devida atenção, nem a importância à verdade que essas ilustrações pretendiam encerar e implantar nos corações e nas vidas pessoais de cada um que me ouvia. Eu não tinha como objectivo que se lembrassem da ilustração nem de mim, mas sim da verdade da ilustração contida em si e em mim.
Numa vila perto da cidade de Antwerp Finney pregou ao povo reunido na escola, e sua pregação foi interrompida por um grande mover do Espírito Santo:
Falei-lhes durante algum tempo, mas quinze minutos depois de estar a falar sobre a sua responsabilidade pessoal diante de Deus, constrangendo-os ao arrependimento, de repente uma seriedade abismal apoderou-se daqueles rostos antes irados, uma solenidade fora do vulgar. Logo de seguida todas as pessoas começaram a cair nos seus joelhos, em todas as direções como que caindo dos seus assentos, clamando por misericórdia a Deus. Caso tivesse uma espada em minha mão, nada de igual havia de conseguir com efeitos parecidos e tão devastadores. Parecia que toda a congregação estava ou de joelhos, ou prostrados com o nariz no chão gritando por misericórdia logo ali. Numa questão de dois minutos toda aquela congregação estaria de joelhos a clamar. Cada um orava por si próprio, aqueles que tinham como falar.
É obvio que tive de parar com a pregação, já que ninguém me prestava mais atenção. Eu olhei e vi aquele velhinho que me endereçou o convite para pregar ali, sentado a meio da sala, olhando à sua volta muito perplexo, muito atônito com tudo aquilo. Levantei a minha voz muito alto, quase gritando, para que me ouvisse e perguntei-lhe se sabia orar. Ele de imediato caiu de joelhos e implorou por aquelas almas em agonia, entre a vida eterna e a morte. A sua voz era forte e todo o seu coração estava sendo derramado diante do Criador do mundo. Ninguém o ouvia, ninguém ali prestava qualquer atenção às suas palavras. Logo comecei a falar com algumas pessoas que clamavam assustadamente a Deus, para que me ouvissem e prestassem atenção. Eu dizia: "Olhem, ainda não estão no inferno! Deixem-me assinalar-vos o caminho para Cristo!" Por alguns instantes eu queria trazer-lhes o evangelho, mas não conseguia a sua atenção sequer. Todo o meu coração palpitava e exultava de tal modo que me controlei com muito custo para não gritar de alegria por toda aquela visão celestial, dando glória a Deus. Assim que tive como controlar meus sentimentos, debrucei-me diante dum jovem que estava ali perto e muito atarefado a orar por ele mesmo. Pus minha mão suavemente em seu ombro, atraindo a sua atenção e pregando-lhe Jesus ao ouvido em sussurro. Assim que captei a flecti a sua atenção para a cruz de Cristo, ele creu, acalmou-se, aquietando-se estranhamente pensativo durante um minuto ou dois, para logo de seguida irromper numa oração dedicada por todos aqueles aflitos, ali mesmo. Fiz o mesmo com um e outro com os mesmos resultados. Depois mais um e mais outro até que chegou a hora em que eu haveria de sair dali para cumprir com um outro compromisso na vila.
A 5 de outubro de 1824, Finney casou-se com Lydia. Ele a deixou para ir buscar seus pertences em Evan Mills, esperando estar de volta em uma semana. No outono anterior, Finney pregara várias vezes em Perch River. Um mensageiro foi procurá-lo, pedindo para pregar mais uma vez em Perch River porque Deus estava dando um reavivamento. Finney prometeu visitá-los na noite de terça-feira. Deus operou tão poderosamente que Finney prometeu outro culto na noite de quarta-feira, depois na de quinta, e outros mais...
O reavivamento estendeu-se até uma grande cidade chamada Brownsville. O povo dali insistiu para que Finney passasse o inverno. No começo da primavera, Finney preparou-se para voltar para a esposa. Ele teve de parar para ferrar o cavalo em Rayville. As pessoas o reconheceram e correram ao seu encontro, insistindo para que pregasse pelo menos uma vez ali. Finney anunciou então uma reunião à uma hora da tarde. Uma multidão se formou ao seu redor. O Espírito Santo veio em poder e eles suplicaram que Finney passasse a noite na cidade. Ele pregou naquela noite e o fogo de reavivamento continuou queimando. Pregou então na manhã seguinte e teve de permanecer mais uma noite, já que Deus estava operando tão profundamente. Finney pediu a um irmão cristão que levasse seu cavalo e trenó à sua esposa e lhe contasse os fatos. Eles estivam separados há seis meses. Finney continuou pregando em Rayville mais algumas semanas e a maioria do povo se converteu.
Wesley L. Duewel - O Fogo do Reavivamento
Até sua morte em 16 de agosto de 1875, aos 82 anos, Finney continuou sendo usado por Deus como um poderoso instrumento de avivamento nos Estados Unidos e na Inglaterra. De 1851 a 1866 ele foi diretor do Oberlin College, onde ele ensinou 20 mil estudantes.
No seu livro 'O Fogo de Reavivamento', Wesley Duewel conta sobre um avivamento que aconteceu numa escola secundária, provavelmente em 1831:
Um cético tinha uma grande escola secundária em Rochester. Inúmeros estudantes foram às reuniões de Finney e ficaram profundamente convencidos de sua necessidade de Criso. Certa manhã depois de as reuniões terem continuados por duas semanas, o diretor encontrou tantos alunos chorando por causa dos seus pecados que mandou buscar Finney para instruí-las. Finney atendeu e o diretor e quase todos os alunos foram convertidos. Mais de quarenta estudantes do sexo masculino e vários do sexo feminino vieram a tornar-se mais tarde ministros e missionários.
E falando sobre este avivamento na cidade de Rochester, Wesley Duewel resuma:
Anos mais tarde, o Dr Henry Ward Beecher, ao comentar esse poderoso reavivamento e seus resultados, declarou: "Essa foi a maior obra de Deus e o maior reavivamento da religião que o mundo já viu em prazo tão curto. Calcula-se que cem mil indivíduos se uniram às igrejas como resultado desse enorme reavivamento." No período entre 1831 e 1835, mais de 200.000 foram convertidos.
De acordo com o promotor de Rochester, o avivamento naquela cidade resultou numa diminuição de dois terços na índice de criminalidade, mesmo com a população da cidade triplicando depois do avivamento.
Finney foi instrumental no grande avivamento de 1857 a 1858 dos 'grupos de oração', que espalhou-se por dez mil cidades e municípios, resultando na conversão de pelo menos um milhão de pessoas. Somente entre janeiro e abril de 1858, cem mil pessoas foram salvas nestas reuniões de oração ao meio-dia.


Pr Paul David Cull
Ministério Avivamento Já